Angulações pequenas no dedo mínimo são as mais comuns. Os pacientes podem nascer com esta deformidade ou a desenvolver durante a infância ou adolescência. Nos picos de crescimento, é comum que ocorra piora da perda de extensão.

A deformidade é bilateral em mais de 2/3 dos casos. Tem transmissão familiar e pode ser considerada um tipo de artrogripose distal. A transmissão genética ocorre por herança autossômica dominante, com penetrância incompleta.Quando envolve múltiplos dedos, pode atrapalhar bastante a função da mão, que perde capacidade de abrir e pegar objetos maiores.

Pede-se para que os pais mexam com os dedos do recém-nascido até que a criança tenha tamanho suficiente para a confecção de órteses, apesar de não se saber a real eficácia deste tratamento.

As radiografias são normais para recém-nascidos e pré-escolares. Em crianças maiores, pode haver deformidade articular da interfalângica proximal. Há chance de conseguirmos reverter esta deformidade em crianças pequenas, mas não em adolescentes.

Algumas vezes, quando o déficit de extensão causa perda de função da mão, está indicado o tratamento cirúrgico.

A cirurgia envolve a abertura do pterígio (a pele que faz uma corda na região palmar) e liberação de estruturas na interfalângica proximal, como o ligamento em rédea (checkrain), ligamentos colaterais acessórios e, em casos raros, do flexor superficial dos dedos e osteotomias de extensão da falange proximal.

A idade da cirurgia deve ser postergada ao máximo. Pode haver necessidade de artrodese das IFPs quando se atingir o crescimento completo ou estiver perto disto. O resultado do tratamento cirúrgico é imprevisível apesar de haver uma predominância de bons resultados na literatura.

A principal complicação é a rigidez do dedo.

Pacientes com esta alteração devem procurar avaliação e manter acompanhamento com um cirurgião da mão, para que obtenham o melhor resultado possível.