Polegar e Dedo em Gatilho Congênito: Saiba sobre o dedo em gatilho em crianças 

Postado em: 15/12/2023

O Dedo em Gatilho Congênito, apesar do termo “congênito” em seu nome, não é uma condição presente desde o nascimento, mas sim um quadro adquirido que afeta os tendões na mão, causando dificuldades no movimento dos dedos. Essa condição também é conhecida como tenossinovite estenosante ou dedo em gatilho devido à característica de um movimento semelhante ao de um gatilho ao dobrar ou endireitar o dedo afetado. Saiba mais sobre o assunto acompanhando o artigo!

Saiba mais sobre Dedo em Gatilho Congênito 

Quando um dedo em gatilho congênito ocorre, o tendão afetado fica inflamado, resultando em dificuldade para estender ou flexionar o dedo. Ao mover o dedo afetado, pode-se sentir um movimento de “trava” ou “salto”, o que leva ao termo “dedo em gatilho“.

Apesar do uso do termo “congênito”, essa condição não está presente no nascimento. Geralmente se desenvolve ao longo do tempo devido a várias razões, como movimentos repetitivos da mão, lesões, condições médicas subjacentes ou, em alguns casos, sem uma causa aparente.

É importante destacar que a presença do “dedo em gatilho congênito” não indica falha por parte dos pais ou dos médicos em não detectar o problema anteriormente. O desenvolvimento dessa condição muitas vezes não está relacionado a erros ou falhas no cuidado ou na atenção médica. Pode ser uma ocorrência espontânea e não relacionada a fatores previsíveis ou evitáveis.

Os pais não devem se culpar por essa condição adquirida, pois sua causa muitas vezes não está ligada a ações ou negligências específicas. O tratamento geralmente envolve opções conservadoras, como terapia ocupacional, uso de talas, medicamentos anti-inflamatórios ou, em alguns casos mais graves e persistentes, intervenção cirúrgica para liberar o tendão e restaurar o movimento normal do dedo.

Classificação de Sugimoto para dedo em gatilho

A classificação de Sugimoto é um sistema de classificação utilizado para categorizar a gravidade e estágio do dedo em gatilho, uma condição que afeta os tendões na mão, causando dificuldade no movimento dos dedos. Essa classificação foi proposta por Sugimoto e colaboradores para ajudar na avaliação e no planejamento do tratamento para essa condição específica.

A classificação de Sugimoto divide o dedo em gatilho em quatro estágios:

  • Estágio I (leve/moderado): Neste estágio inicial, o paciente pode experimentar dor ou desconforto ao movimentar o dedo afetado, mas o movimento ainda é possível. Pode haver uma sensação de “engatilhamento” leve ou de captura ao dobrar ou endireitar o dedo.
  • Estágio II (moderado): No estágio II, a dificuldade em movimentar o dedo é mais evidente. O paciente pode sentir uma sensação de “salto” ou “trava” ao tentar estender completamente o dedo após a flexão. Pode haver um certo grau de dor ou desconforto durante o movimento.
  • Estágio III (grave): Neste estágio mais avançado, o movimento do dedo afetado é consideravelmente limitado. O dedo pode ficar permanentemente dobrado na posição de flexão, e a extensão completa pode ser extremamente difícil ou impossível sem intervenção médica.
  • Estágio IV (avançado ou crônico): No estágio IV, a condição atingiu um ponto crônico. O movimento do dedo está significativamente limitado, e pode haver deformidades permanentes ou contraturas dos tecidos moles ao redor do dedo afetado.

Essa classificação é útil para os médicos avaliarem o estágio em que o dedo em gatilho se encontra e determinarem o tipo de tratamento mais apropriado. 

Tratamento do Dedo em Gatilho Congênito

Para casos de DEDO EM GATILHO CONGÊNITO em estágios mais leves, especialmente em crianças, o tratamento conservador pode ser uma opção inicial. Essas abordagens conservadoras geralmente são consideradas nos estágios iniciais da condição, onde os sintomas são menos graves. Aqui estão algumas opções de tratamento conservador:

  • Terapia ocupacional: A terapia ocupacional pode ser prescrita para ajudar a criança a realizar exercícios específicos e técnicas para fortalecer os músculos da mão e melhorar a amplitude de movimento do dedo afetado. O terapeuta pode ensinar exercícios e movimentos que visam reduzir a inflamação e a tensão nos tendões.
  • Uso de talas: O uso de talas pode ser recomendado para imobilizar temporariamente o dedo afetado e permitir que os tendões se recuperem. A imobilização pode ajudar a aliviar a pressão sobre os tendões, reduzindo os sintomas.
  • Medicação: Em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para reduzir a inflamação e aliviar a dor associada ao dedo em gatilho.

Para casos mais graves, especialmente no estágio 4 do dedo em gatilho em crianças, onde a deformidade e a limitação do movimento são significativas e persistentes, a cirurgia pode ser considerada. A intervenção cirúrgica visa liberar o tendão afetado, proporcionando mais espaço para movimento e reduzindo o bloqueio do dedo.

A cirurgia para dedo em gatilho em crianças é realizada com cuidados específicos devido à idade e ao tamanho das mãos e tendões em desenvolvimento. O procedimento cirúrgico para crianças é geralmente semelhante ao realizado em adultos, mas os detalhes da técnica cirúrgica podem variar dependendo da idade e das condições específicas do paciente.

É crucial discutir todas as opções de tratamento com um médico especialista, considerando a idade, a gravidade dos sintomas, o estágio da condição e outros fatores individuais antes de decidir pelo tratamento conservador ou cirúrgico para o dedo em gatilho em crianças. O acompanhamento médico e a orientação especializada são fundamentais para garantir o tratamento adequado e a recuperação eficaz, especialmente em crianças em fase de crescimento e desenvolvimento.

O Dr. Diego Falcochio é ortopedista especialista em mão e realiza o diagnóstico e tratamento de Dedo Gatilho Congênito em uma abordagem cuidadosa e acolhedora. Entre em contato e agende uma consulta para o seu filho!

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