Como identificar uma fratura da região distal do rádio
Postado em: 18/04/2025
As Fraturas da Região Distal do Rádio estão entre as lesões mais comuns do membro superior, especialmente após quedas com a mão espalmada. Esse tipo de trauma pode gerar dor intensa, inchaço e dificuldade para movimentar o punho, comprometendo atividades diárias como segurar objetos, digitar ou até mesmo apoiar a mão.
Identificar essa fratura e buscar atendimento médico no momento certo é essencial para garantir um diagnóstico preciso e tratamento adequado. Neste texto, vou abordar os principais sintomas, como é feito o diagnóstico e quais são as opções de tratamento para uma recuperação segura e eficaz. Continue lendo e saiba mais!
O que é uma fratura distal do rádio e como ela ocorre?
A fratura distal do rádio acontece na extremidade desse osso, próxima ao punho. Essa região é altamente vulnerável porque absorve grande parte do impacto em quedas e traumas diretos.
As principais causas desse tipo de fratura incluem:
- Quedas com apoio da mão espalmada: o motivo mais comum, especialmente em acidentes domésticos e esportivos.
- Impactos diretos no punho: pancadas durante esportes de contato ou colisões em acidentes automobilísticos podem resultar em fraturas mais graves.
- Fraturas por estresse: mais frequentes em idosos e atletas, ocorrem devido ao uso repetitivo da articulação e costumam ser silenciosas no início.
A gravidade da fratura varia de acordo com a intensidade do trauma e da posição da mão no momento do impacto. Algumas não apresentam desvio ósseo e permitem tratamento conservador, enquanto outras exigem correções cirúrgicas para restaurar a função do punho.
Principais sintomas de uma fratura distal do rádio
Se você sofreu uma queda ou impacto no punho, fique atento a sinais que podem indicar uma fratura:
- Dor intensa e imediata no momento da lesão, que pode piorar com o movimento.
- Inchaço e hematomas na região afetada, inflamação e possível sangramento interno.
- Dificuldade para movimentar o punho e os dedos, principalmente para segurar objetos ou girar a mão.
- Deformidade visível, em casos de fraturas com desvio ósseo.
- Dormência ou formigamento na mão, o que pode indicar comprometimento nervoso associado à fratura.
Se você apresentar algum desses sintomas após um trauma no punho, procure um especialista em mão e microcirurgia o quanto antes para evitar complicações e garantir um tratamento adequado.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico correto é importante para definir a melhor abordagem de tratamento. Durante a consulta, realizo uma avaliação clínica detalhada para identificar sinais de fratura, restrição de movimento e possíveis complicações.
Para confirmar o diagnóstico e avaliar a gravidade da lesão, os exames mais indicados são:
- Radiografia: exame fundamental para detectar a fratura e avaliar possíveis desalinhamentos ósseos.
- Tomografia computadorizada: indicada para fraturas mais complexas, como as que envolvem as articulações.
- Ressonância magnética: necessária quando há suspeita de lesões associadas a ligamentos e tecidos moles.
Quando procurar um especialista em mão e microcirurgia?
Nem todas as fraturas exigem cirurgia, mas algumas situações requerem um acompanhamento especializado para evitar complicações. Recomendo que você procure um especialista nos seguintes casos:
- Dor intensa e persistente, que não melhora com o uso de analgésicos.
- Deformidade visível no punho, revelando um desalinhamento ósseo.
- Dificuldade significativa para mover os dedos ou a mão.
- Dormência ou formigamento na mão, o que pode indicar comprometimento dos nervos.
- Inchaço grave e hematomas extensos, que costumam estar associados a lesões ligamentares.
Opções de tratamento para fratura distal do rádio
Tratamento não cirúrgico
Quando não há desvio significativo dos ossos, posso optar por uma abordagem conservadora, que inclui:
- Imobilização com gesso ou órtese: estabiliza o osso durante a cicatrização.
- Uso de analgésicos e anti-inflamatórios: alivia a dor e reduz a inflamação.
- Fisioterapia após a imobilização: recupera a mobilidade e evita lesões articulares.
Essa abordagem é eficaz quando a fratura está bem alinhada e não há risco de comprometimento da articulação.
Quando a cirurgia é necessária?
A artroscopia nas fraturas do punho tem se tornado uma abordagem moderna e eficaz, permitindo um tratamento minimamente invasivo, com resultados funcionais e recuperação mais rápida.
A cirurgia é indicada nas seguintes situações:
- Fraturas com desvio ósseo significativo, que comprometem o alinhamento do punho e podem levar à perda de mobilidade.
- Fraturas intra-articulares, que envolvem a superfície da articulação e, se não forem tratadas, aumentam o risco de artrose precoce.
- Fraturas expostas, quando o osso rompe a pele, aumentando o risco de infecção e exigindo correção imediata.
- Casos em que o tratamento conservador não foi suficiente, resultando em falta de consolidação óssea ou perda da função do punho.
Como é feita a artroscopia nas fraturas do punho?
A artroscopia do punho é um procedimento minimamente invasivo utilizado para tratar fraturas e lesões ligamentares com precisão e menor impacto nos tecidos. Esse método moderno permite a correção da fratura através de pequenas incisões, preservando as estruturas ao redor e facilitando a recuperação.
A técnica mais utilizada para correção das fraturas consiste na fixação do osso com placas e parafusos, garantindo alinhamento adequado e reabilitação eficiente. Quando realizada por via artroscópica, oferece um tratamento mais delicado e seguro, reduzindo o risco de complicações e promovendo um retorno mais rápido às atividades diárias.
Fratura da região distal do rádio: o que fazer
Se você sofreu uma queda e está com dor no punho, fique atento aos sinais, como inchaço e dificuldade de movimento. Agende uma consulta comigo para diagnóstico preciso e o tratamento adequado. Estou aqui para ajudar na sua recuperação!
Especialista em Cirurgia de Mão e Microcirurgia
CRM-SP: 122897 | RQE: 37127 I TEOT: 11.487
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